X-Men: Fênix Negra | Resenha | Iradex

X-Men: Fênix Negra | Resenha

2019 está sendo um ano grande no setor de super-heróis da Disney. Vingadores: Ultimato ainda está em cartaz e já é a segunda maior bilheteria da história do cinema (sem levar em conta a inflação) e com a compra da Fox, vários personagens passam a poder ter filmes feitos dentro da Marvel Studios, como Quarteto Fantástico e os X-Men.

Com Quarteto Fantástico não tem muito segredo, o último filme deles não foi bem recebido nem fez sucesso, então rebootar novamente não é problema. Mas e com os X-Men, que tem sua própria franquia continuando a ser produzida meio que sem parar desde 2000, como lidar? Será que dá pra fazer uma nova série com novos atores em um universo diferente do original? Será que a série atual terá um fim satisfatório?

A resposta dessa última pergunta é um grande e sonoro: nhéééé.

X-Men: Fênix Negra chegou com a missão de dar um fim digno e grandioso para esses personagens que acompanhamos desde 2000. Bem, mais ou menos desde 2000, já que a franquia sofreu um reboot no meio dela, que meio que leva em conta e não leva os filmes anteriores. É meio confuso, mas funcionou na época.

Enfim, nesse filme vemos a luta dos X-Men para salvar Jean Grey das forças cósmicas de uma entidade superpoderosa que está usando seu corpo (é a Fênix, mas esse nome só é usado no filme de um jeito meio brincalhão e ninguém mais fala nele). Essa história é inclusive um repeteco de X-Men 3, filme que a gente finge que não existiu (e que realmente nem conta mais depois dos acontecimentos de Dias de um Futuro Esquecido).

Mas aí é que tá: como esse filme originalmente não seria um fim da franquia na Fox (e na real, ainda tem Novos Mutantes a estrear ano que vem, mas esse é mais independente do resto), não nos foi entregue uma conclusão propriamente dita. Nos foi entregue... um filme. Começo, meio, fim, sem muitas surpresas ou reviravoltas, sem muitos destaques. É um daqueles que você assiste, vai merendar e esquece de discutir ele com alguém, sem nenhuma perda significativa nem nada.

Ainda há a tentativa de amarrar umas pontas que provavelmente nem precisavam ser amarradas, algo feito de um jeito que fica meio descolado do resto. Inclusive, Logan, um filme que não dá conclusões para todos os personagens da franquia, dá conclusões o suficientes para não precisarmos de mais nenhuma. Também é deixada uma pontinha solta de propósito que serviria como hype pros fãs da série - se todo mundo já não soubesse que esse universo simplesmente não vai mais receber continuações.

Falando de pontos mais específicos, a equipe dos X-Men aqui é muito sem graça. Dois dos personagens mais interessantes são inutilizados no meio do filme e os que sobram são TÃO sem carisma que dá uma pena ver eles interpretando personagens tão legais daquele jeito. Essa falta de carisma faz com que provavelmente ninguém sinta falta deles no futuro, e sim das equipes dos filmes anteriores (principalmente dos dois primeiros). Os vilões também poderiam ser interessantes, mas nenhum deles tem personalidade (não que eles estejam mal interpretados ou algo assim, mas eles simplesmente são escritos de maneira com que "personalidade" não seja um fator importante). Um triste desperdício de Jessica Chastain, aliás.

Terminar uma franquia de um modo tão mediano é triste. Mas acho que alguns dos atores ali acabaram felizes de se verem livres de alguns daqueles personagens. Porém, tivemos filmes anteriores bem mais inspirados e relevantes. Sempre nos lembraremos de X-Men 2, Logan, e até Deadpool, se for do seu gosto. Fênix Negra acabou não sendo o final digno e grandioso que poderíamos ter. Mais um reboot vem aí e talvez isso seja algo bom (só tomara que não repitam o plot da Fênix de novo).