Indie-pop, uma das vertentes mais conhecidas do indie-rock, transforma o pop comercial ou mainstream em algo mais ¨dreamy¨ - uma forma mais melódica e normalmente com synths eletrônicos. Temos nos mais conhecidos o Metronomy, na época considerado new wave e experimental – porém podemos enquadrar perfeitamente em um indie-pop, Foster the People, o clássico Cardigans que é basicamente um precursor do estilo e as cantoras mais famosas como Lana del Rey e Ingrid Michaelson – logo podemos atentar que indie-pop é um estilo mais calminho e baladinha, com uma gama variável entre experimental, dreamy, up-beat e assim por diante.
Lola Coca
Pode ser vista como um hip-hop alternativo em algum parâmetro por alguns críticos de música, porém, o hip-hop aqui inserido é algo mais estilo Lily Allen ou seja, é quase uma recitação de uma poesia de forma bem melódica no meio de um indie-pop, então, prefiro enquadrar naquilo que mais se sobressalta – que é a melodia e harmonia dos outros 2 minutos de música. Como vocês já devem ter notado aqui escrevo basicamente sobre artistas que me agradam em algum nível, nem que seja apenas no técnico, o ep Love Songs que foi lançado neste ano, foi o primeiro contato que tive com o trabalho de Lola, a faixa é bem simples, não usa nenhuma harmônica com grandiosas pentatônicas crescentes/decrescentes, sem diversas variações de octavas – a artistas que sabe muito bem o alcance de seu vocal, se mantém sempre na sua zona de conforto – que é extremamente desejável. Essa moça ainda não tem o reconhecimento o qual acredito que irá alcançar em pouquíssimo tempo, e se vocês escutarem vão entender o porquê estou dizendo isso, a voz dela é suave, boa de escutar, bem colocada em cada nota, as notas não duram mais do que deveriam, uma harmonia simples que trabalha em uma repetição pop não ¨manjada¨. A melodia é todo um próprio artista na música, tendo sua importância tal qual, contanto, não se chocando com o vocal harmônico. E por essa ¨não-forçação de barra¨ a música é natural, orgânica, bem feita e simples – e isso é para mim tradução de talento, além de ser extremamente viciante e com uma letra bem fofa e fácil de achar algo para simpatizar nela.
Love Songs
Bad Girlfriend
HUSBANDS
Não confundir com the husbands, que é algo totalmente diferente, Husbands é uma banda de som agradável, eletro-indie-pop, francesa de Marseille seu primeiro ep Dreams, um dream-indie-pop, que poderia ser up-beat se tivesse crescente pentatônica, porém é apenas agradável. Lançaram álbum (self-titled) no dia 1º de junho de 2013, como a primeira artistas no post, também tem letras engraçadinhas. Husbands conecta um ska em suas batidas, com uma eletrônica leve, synths, vocais agradáveis – não os mais profissionais possíveis, porém como nos anos 80 – há apenas a displicência admirável em um vocal natural de alguém que canta por cantar. A música parece bem simples ao ser escutada – mas há trabalhos minuciosos, quase uma poesia musical. A banda nasceu de forma espontânea quando o trio que trabalhava em outros projetos se conheceram, acredito eu que foi uma ótima junção, com o objetivo apenas de diversão – podemos constatar isso nas letras de suas músicas.
Dreams
Let Me Down
Hanna Pinheiro, DJ desde 2010 das grandes festas de rock de Fortaleza, destaque das noites da cidade com várias referências nos sons nacionais e também uma pesquisadora de musicas novas. Já foi DJ residente do Orbita Bar e DJ da Festa Fliperama. Atualmente tem residência no Berlinda Club.