Idealizada em uma viagem de trem do Queens a Manhattan (porque será que todas as boas ideias vêm em viagens de trem??), e publicada como uma história de apenas 8 páginas, a saga de Alex Olsen em busca de vingança foi sucesso total e tomou proporções nunca imaginadas por seu criador.
"Uma versão vegetal e pervertida de um homem." É assim que Len Wein descreve a sua despretensiosa criação, o Monstro do Pântano (Swamp Thing).
Em julho de 1971, logo após terem sido esgotados em apenas um fim de semana todos os exemplares do número 92 da aclamada The House of Secrets (uma coletânea de quadrinhos de mistério e suspense da DC), os chefões da DC exigiram da dupla Len Wein e Bernie Wrightson que fosse criada uma série mensal do Monstro do Pântano, uma oferta praticamente irrecusável pra dois jovens aspirantes a comics stars.
E contrariando todas as regras, os caras simplesmente recusaram! A justificativa foi a de que a história tinha sido pensada com começo, meio e fim, e que levava muita carga emocional dos criadores (crises existenciais misturadas com dor-de-cotovelo), sendo impossível continuar. Foi preciso quase 1 ano de adulação por parte da DC (ou simplesmente eles ficaram sem dinheiro) pra fazer a dupla aceitar publicar uma série fixa do gigante verde (que não é o Hulk!). Para isso, foi necessário criar um novo personagem (Alec Holland) e uma nova origem pra explicar sua transformação.
É exatamente a junção disso tudo que você pode ter nas mãos com Monstro do Pântano – Raízes (Roots of the Swamp Thing). Depois de muito tempo esgotado, a Panini relançou recentemente a primeira parte das desventuras desse personagem que mudou a história dos quadrinhos. O primeiro volume reimprime a história de oito páginas publicada em The House of Secrets #92 e tem as seis primeiras edições da série independente.
A dupla Len Wein e Bernie Wrightson trabalhou em treze edições (esperamos que as outras sete edições venham no volume 2), até deixar a série na mão de outros roteiristas e ilustradores, que não conseguiram manter o sucesso do personagem, o que o levou a um sofrido esquecimento até a vinda do profeta Alan Moore, que o revitalizou e o elevou a níveis épicos! (sim eu pago pau pro Alan Moore)