Um casal do interior do Kansas queria muito um filho. Após várias tentativas, o pedido dos dois finalmente é atendido quando chega a terra uma nave espacial com um bebê. Adotado pelos dois, Brandon se mostra uma criança inteligente e pacata até descobrir que tem superpoderes.
A história lhes parece familiar? Então, mas ao contrário do Superman, Brandon não pretende defender e proteger a raça humana, mas sim mostrar que é um ser superior disposto a eliminar todos que o menosprezam ou se colocam em seu caminho.
Chegando a usar máscara e capa, o garoto realmente parece acreditar que tudo que ele está fazendo tem um propósito, mesmo que seja em benefício próprio. Uma pena que o roteiro não tenha aprofundado isso e toda essa premissa interessante pareceu inacabada. Em termos técnicos, o CG deixa um pouco a desejar, mas não tira o impacto das cenas de violência gratuita (para quem curte o estilo Gore o filme traz duas cenas bem marcantes).
Dito isso, Filho das Trevas, não chega a ser um filme ruim, afinal é uma história conhecida por nós, mas contada de uma forma diferente, o que nos faz pensar o que difere um herói de um vilão com os mesmos poderes. Além disso, as atuações são convincentes, com destaque para Elizabeth Banks, como a mãe protetora e preocupada com as atitudes do filho.
Vale a pena assistir pela originalidade do roteiro, ainda que fraco, e se surpreender com as cenas em que BB, Brandon Breyer, usa seus poderes para o mal.