Resenha: Ciclo das Trevas – O Protegido, de Peter V. Brett | Iradex

Resenha: Ciclo das Trevas – O Protegido, de Peter V. Brett

O medo é algo que une os seres através do espaço e do tempo. Medo do escuro, do mal, do desconhecido. Mas também da luz que cega, do bem que não se compreende, do conhecido que é inútil.

Mas o medo não só paralisa, ele também estimula a criatividade. E é por isso que a maioria das histórias criadas por nós gira em torno de como fazemos para superá-lo, ou como sucumbimos tentando. Pois independente de quando ou onde vivemos, sentimos medo em algum momento, ou em todos.

“Existem ocasiões na vida em que nos sentimos tão vivos que, quando passam, nos sentimos... diminuídos. Quando isso acontece, fazemos quase de tudo para nos sentir tão vivos de novo.”

É nesse clima de temor que Peter V. Brett lhe coloca em seu universo criado no Ciclo das Trevas. Os homens vivem meias-vidas, sempre olhando a posição do sol e rezando para que possam vê-lo nascer novamente. Isso porque as noites são infestadas de demônios, que só podem ser repelidos por proteções que há muito deixaram de ser compreendidas, apenas reproduzidas.

Não há viagens com mais de um dia de duração. O comércio entre as cidades e os vilarejos só é realizado graças a alguns poucos corajosos que desafiam as noites a céu aberto, os Mensageiros. Corajosos ou loucos? Um pouco dos dois, talvez. A linha é realmente muito tênue.

No primeiro livro da série, O Protegido, acompanhamos três personagens em épocas, localidades e situações distintas, mas unidos por um único propósito: vencer seus medos. Cada jornada nos leva a refletir o que faríamos no lugar de cada um deles e se realmente vale a pena nos levantarmos contra o que tememos.

Trazida ao Brasil pela Darkside Books, essa saga fantástica já tem 4 volumes publicados em inglês (com um quinto volume prometido para 2016) e os direitos vendidos para uma adaptação cinematográfica. Vale a pena conferir!