[Resenha] Thor (2011) | Iradex

[Resenha] Thor (2011)

Thor, o terceiro superherói a debutar sob o selo da Marvel Films (os anteriores foram Iron Man e Hulk), ganha filme bem "feijão com arroz". Será que o Deus do Trovão não merecia mais?

Quando saí da sala de cinema que acabara de exibir Thor, soltei no twitter: “@phsantos: Thor é um filme simples demais para O PODEROSO THOOOOR!”. Pensando melhor sobre, devo ter exagerado um pouco, mas no total ainda continuo com essa opinião.

Existem dois filmes em Thor. Um se passa em Asgard (berço do personagem principal) e outro na Terra (Midgard, como chamada na mitologia nórdica). O primeiro é muito bom. Esse segundo beira o horroroso. Tentarei me fazer entender.

O Thor de Asgard é o glorioso Deus do Trovão que eu esperava. Fanfarrão e canalha como geralmente é, porém detentor de senso de justiça muito apurado. Trata-se do Thor imaturo. Por conta desse estilo do personagem, encaramos uma longa e interessantíssima pancadaria de Thor e seus parceiros Hogun, Volstagg, Sif, Fandral e seu irmão Loki contra os Gigantes do Gelo. Sem dúvidas, um dos ápices da produção. O desenrolar da trama, inclusive, acontece aí, quando por diálogos simples e úteis somos apresentados ao sentimento de Thor para com o pai Odin (interpretado pelo fantástico Anthony Hopkins) e o irmão Loki. Esse Thor eu gostei.

Por outro lado, quando o cidadão cai na Terra tudo parece simples e pueril demais. Piadinhas da Darcy Lewis (Kat Dennings) sem graça, Natalie Portman (como a Jane Foster) aquém de suas tramas recentes, nada do Tony Stark e uma SHIELD que já não é mais surpresa alguma. O pior não é isso. O protagonista Chris Hemsworth (o Thor) parece não acreditar em seu personagem. Apesar de carismático, a falta de imponência do personagem terráqueo levou Hemsworth a falar o script da boca pra fora. Para não dizer que é totalmente ruim, a parte terráquea tem a melhor cena de luta: Thor vs Destruidor. Ah, uma seqüência que o personagem busca recuperar seu martelo Mjölnir vale destacar também. Muito pouco, entretanto.

A direção do holandês Kenneth Branagh (que atuou em Harry Potter E a Câmara Secreta como Gilderoy Lockhart) tem algo que me incomodou. Vez ou outra o cidadão colocou uma câmera torta, na diagonal, coisa meio estranha. Até faz sentido para mostrar um Thor confuso, desajustado, mas não precisava tanto. Por outro lado, o figurino e as caracterizações são ajustadas perfeitamente aos personagens. Dois destaques: Ray Stevenson como Volgstagg - nem percebi que era o Tito Pulo do seriado Roma -, e a armadura do próprio Thor. Coisa linda! Heimdall, o sentinela da Ponte, não pode passar em branco. Um dos personagens mais carismáticos da trama por conta de suas atitudes sempre corretas e, convenhamos, por causa de sua voz (digitalizada) deveras imponente. Idris Elba foi o ator.

Thor é isso. Foo Fighters ao final e um filme que quando no mítico vai bem, mas quando passa para o mundano fica normal demais.

NOTA: 7,5

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Trailer: