Bem-vindos! Meu nome é Adams Pinto, ilustrador, designer e escritor esporádico. Como colaborador do IRADEX, apresentarei esta nova coluna onde citarei algumas peças da cultura pop, que apesar da qualidade inegável, não foram absorvidas pelo monstro do hype. Filmes, seriados, desenhos animados, quadrinhos e jogos que nunca foram festejados com a pompa que merecem, mas que permeiam apaixonadas conversas entre fãs. E para dar início, comentarei o jogo episódico de aventura LIFE IS STRANGE.
Sabe aquele dia que você proferiu uma frase tão estúpida que o fez virar motivo de chacota? Sabe aquela viagem de ônibus que terminou em assalto? Sabe aquele dia em que você quase se declarou para seu amor, mas travou por medo e o perdeu para sempre?
Agora, o que você faria se possuísse o dom de manipular o tempo e evitar ou modificar certos eventos da sua própria história? Life is strange é sobre isso: viagens no tempo e suas consequências.
Obviamente embebido na Teoria do Caos, o jogo produzido pelo estúdio francês Dontnod Entertainment e publicado pela Square - a mesma empresa que lançou Final Fantasy, Chrono Trigger, Kingdom Hearts e outros -, tem uma dinâmica que é a marca registrada dos jogos da Telltale, porém, apresenta uma trama tão instigante que nos faz esquecer comparações.
O enredo gira em torno de Max Caufield, uma garota de 18 anos, introspectiva e amante de fotografia, que retorna depois de anos a sua cidade natal e tenta se restabelecer. Lá ela presencia um crime no banheiro de sua escola e acidentalmente retrocede o tempo para evitá-lo. Então, a partir da descoberta deste fantástico talento, Max precisa aprender a lidar com determinadas escolhas e os efeitos drásticos sobre si e todos ao seu redor.
Em um ambiente que remete a Efeito Borboleta e aura misteriosa de Twin Peaks, Life is Strange é uma viagem imersiva na jornada de Max, seus caminhos, relacionamentos e o enigma que paira sobre a cidade de Arcadia Bay.
Disponível para PC, Playstation 3, Playstation 4, Xbox 360, Xbox One.
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