O sucesso de The Walking Dead é inegável. Quadrinhos, TV e Games já provaram a força da franquia. Onde TWD toca, vira ouro. Quanto aos livros, não poderia ser diferente. Depois de mais de 200 mil exemplares vendidos apenas no Brasil, os lançamentos viraram uma constante no mercado e acabaram impulsionando outros livros do gênero.
Até agora, são três livros lançados: A Ascensão do Governador, O Caminho para Woodbury e A Queda do Governador - Parte Um.
Sou leitor dos quadrinhos e, por ter começado com eles, fica difícil gostar muito da bem sucedida série de TV. Nos games, porém, a coisa é diferente. O jogo (iPad, Xbox, PS3, etc) teve como grande acerto se focar em outro pedacinho do universo, trazendo novos personagens e novas tramas. Tal estilo, renovou a franquia e afastou as comparações diretas, e injustas, com a TV ou HQ. Não foi por menos que o título ganhou o Jogo do Ano em 2012, tanto pela direção de arte espetacular, como pelo roteiro surpreendente e totalmente dependente do jogador.
Nos livros, mais outro acerto. Robert Kirkman e Jay Bonansinga focaram o enredo no caminho do Governador. O primeiro livro, A Ascensão do Governador, é fascinante, pois, por mais que vilão seja conhecido de outras mídia, ainda assim, a história surpreende muito no final e dá um ar único àquele produto. O fato de o livro estar e uma velocidade de 300km/h ajuda muito.
Sua continuação, O Caminho para Woodburry, se passa alguns meses depois que Blake (o Governador) já tinha organizado a cidade murada. Dessa vez, acompanhamos Lilly, um garota a viver nesse novo mundo bizarro. Ela foge de seu acampamento após um acontecimento absurdo e, junto com dois companheiros, se vê numa jornada até Woodbury, onde pensa que encontrará paz. Apesar de mais moroso, julgo-o melhor do que o seu antecessor, pois tem mais cara de livro e menos de adaptação. Entretanto, vermos pouco do Blake talvez desgaste o mais impacientes.
A Queda do Governador, o terceiro e ainda não lido, vide o recente lançamento, continua essas duas tramas, dando liga ao que foi apresentado da personalidade do Governador no livro de abertura e ao caminho de Lilly até Woodbury. Difícil não ser bom, mas fica o disclaimer de que ainda não o li.
Escritos por Jay Bonansinga, fortemente acompanhado pelo dono da franquia Robert Kirkman, o ponto alto dos livros é a força que dão ao personagem mais profundo criado em toda a franquia. O Governador tem muitas camadas, o que rende as melhores tramas, diálogos e caminhos de um universo onde tudo está sendo vivido no extremo. Ouso dizer que por ter dado esse foco no melhor personagem de The Walking Dead, os livros passaram a ser a mídia da franquia que eu mais me vi imerso. Mais do que nos quadrinhos e anos-luz da TV.
Vale a pena ler sim!