A relação entre personagens dos quadrinhos e jogos de cartas | Iradex

A relação entre personagens dos quadrinhos e jogos de cartas

Os jogos de cartas são uma forma de entretenimento muito popular ao redor do mundo. A grande vantagem em relação aos demais jogos e esportes é sua praticidade. Enquanto outros jogos requerem bolas, por exemplo – ou até mesmo outros equipamentos como ocorre no baseball e no Futebol Americano – os jogos carteados só precisam de uma mesa e uma cobertura – além das cartas, obviamente.

No Brasil, os três jogos mais populares de cartas são o buraco, o poker e o truco. O primeiro consiste em formar “sequências” de cartas, o segundo em parear as cartas (e também formar sequências, grosso modo) e o terceiro baseia-se estritamente na hierarquia delas. Caso você tenha ficado com vontade de jogar e não dê para chamar os amigos, aliás, dá para jogar todos esses jogos online. No caso do Poker tem a PokerStars, no caso do truco o Netcartas e no caso do Buraco o Jogatina.

Aí você se pergunta: o que isso tudo tem a ver com quadrinhos, como o título do post fala?

Simples: isso demonstra a incrível popularidade desses jogos – e dá lastro para o “uso” dos mesmos como “matéria-prima” criativa para as histórias. Seguem três exemplos disso.

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Coringa e sua confusa origem

O primeiro sem sombras de dúvidas não poderia ser outro senão o Joker (Coringa). Embora haja vários relatos sobre sua criação, sua verdadeira origem remonta um mistério. A graphic novel de 1988 “A Piada Mortal” conta uma das mais aceitas origens – mas ao próprio final dela ele acaba retornando à confusão. Em Dark Knight, o segundo da trilogia de Christopher Nolan, a personagem relata várias origens diferentes para sua cicatriz na boca em forma de sorriso – sem haver de fato um conclusão convincente ao espectador. O fato é que há uma versão na qual o Coringa decide roubar uma fábrica de cartas para se vingar da demissão do cargo de engenheiro químico na mesma. Ao tentar fugir para não ser pego, cai num caldeirão de produtos químicos e assume a nova persona com cabelos verdes, pele branca e lábios extremamente vermelhos. Versão semelhante é mostrada no primeiro longa de Tim Burton, Batman, de 1989.

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Arlequina: parceira e apaixonada pelo Coringa

E se toda panela tem sua tampa, a Harley Quinn (nome que, queira ou não, faz alusão à fêmea do Coringa, a Arlequina) mostra que por mais estranho que você seja, sempre há um par que combine com essa estranheza. Harley originalmente é uma formanda da Universidade de Arkham e trabalha no Asilo homônimo, na qual conhece o Coringa e apaixona-se perdidamente pelo vilão. Harley ajuda o Coringa a escapar do asilo e é presa por isso. Mais tarde ela consegue fugir e se torna a parceira de vilania do Coringa.

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Gambit, um dos queridinhos dos X-Men

O terceiro personagem do mundo dos quadrinhos que tem a ver com jogos carteados é o Gambit, do universo Marvel em X-Men. Além de exímio jogador de poker, Gambit tem como poder a manipulação de energia cinética. Unindo o amor pelas cartas e esse poder, o anti-herói lança cartas de baralho energizadas nos inimigos. Ele não aparece nos três primeiros filmes de X-Men para o cinema, sendo, pois, o primeiro filme solo do Wolverine a estreia do personagem nas telonas. Deprimente estreia, diga-se de passagem.

Seja como for, é interessante ver essa relação entre os jogos de cartas e os quadrinhos. Seja na origem do personagem, seja na evolução deste. O entretenimento acaba por ter muitos nichos, mas todos eles se entrelaçam e são fonte de inspiração um para o outro de forma fantástica.