Game of Thrones: A Última Vigília | Caça aos Fatos | Iradex

Game of Thrones: A Última Vigília | Caça aos Fatos

Acho que todos nós percebemos que Game Of Thrones tem que acabar pois não tem como ficar maior do que já é.

Essas palavras ditas por uma produtora da série revelam a mistura de sentimentos que permeiam as duas horas do documentário Game of Thrones: A Última Vigília, exibido pela HBO uma semana após o gran finale de oito temporadas da maior produção televisiva e sucesso de popularidade da última década.

Orgulho e alivio, felicidade e cansaço, despedidas e reencontros são testemunhados através do hercúleo trabalho do elenco e equipe envolvidos no desafio de dar vida ao mundo de fantasia de Westeros.

As custosas decisões logisticas das equipes de locações; a preparação dos extras por maquiadores e figurinistas; a sala de leitura do roteiro pelo elenco; e até aqueles do foodtruck salvador na madrugada.

Acompanhamos intimamente a rotina de pré-produção e gravação dos últimos episódios sob diferentes olhares que ajudaram a estabelecer um alto nível cinematográfico inédito na televisão.

A direção do documentário escolhe os "desconhecidos" Andrew McClay (extra do exército do Norte) e Vladimir Furdik (O Rei da Noite) para nos guiar pelos bastidores. Assim podemos entender os processos de: maquiagem e figurinos, dublês e coreografia de lutas, direção de arte e fotografia (muito fundo verde).

Além de vermos como GoT mudou a vida não somente dos seus protagonistas. Por exemplo, o interprete do Rei da Noite foi da coordenação de dublês a celebridade sem rosto conhecido. Já McClay personifica a paixão pela obra crescendo em visibilidade nas batalhas até aparecer em close no episódio final.

Se os vídeos Inside Episode e Game Revealed pareciam contidos para não revelar tramas, a Última Vigília mostra algumas táticas para tentar depistar curiosos e imprensa sedenta por imagens exclusivas. Como uma produtora diz: "... as sete temporadas até agora foram somente um treinamento para a última".

Por exemplo: a recriação de King's Landing, nos estúdios de Belfast substituindo a real Dubrovnik, é impressionante. Os atores em sets de filmagem mesmo sem cenas a gravar também era uma tática da produção, que deve ter finais alternativos gravados da coroação do novo regente dos Seis Reinos.

Sentimos decepção acompanhando as longas filmagens noturnas da Batalha de Winterfell e percebendo que todo aquele trabalho não foi devidamente apreciado pelo público, por problemas na distribuição pela HBO e operadoras a cabo. Talvez uma escolha errada de fotografia de cinema para a televisão que não deu certo pelo diretor Miguel Sapochnik. Enfim, um episódio que merece ser revisto.

O outro diretor, David Nutter, recebe homenagem da equipe retornando após cirurgia na coluna que forçou afastamento. Distância da família representado por casal de maquiadores que deixam a filha com avós e a rencontram para gravar participação além muralha.  Momentos emocionantes que se extendem as despedidas de Kit Harington e Emilia Clarke dos personagens que marcarão suas carreiras.

Um peça fundamental e ausente é Ramin Djawadi que com sua exepcional trilha conquistou inúmeros fãs. Porém infelizmente não foi dessa vez que acompanhamos um pouco do seu processo criativo.

O elenco principal aparece mas não é o foco que reside naqueles que montam planilhas de filmagens no escritorio; fazem a neve artificial; costuram armaduras e malhas de soldados; desenham dragões e lobos; recebem sangue artificial no rosto; ou fazem as tranças na peruca de Daenerys Targaryen.

Independente do final ficcional, fica a certeza de algo grandioso realizado e a vontade de fazer um tour Game Of Thrones nas locações ao redor do mundo com algum guia que conheça bem Westeros.


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