A Bruxa (The Witch, 2016) | REVIEWZIN | Iradex

A Bruxa (The Witch, 2016) | REVIEWZIN

Antes de tudo, pise no freio do hype! A Bruxa não é nem de longe o filme mais assustador de todos os tempos como bradam os entusiastas. Entretanto, é uma peça rara em um gênero fatigado e que repete fórmulas a esmo.

O enredo gira em torno de uma família que, após ser banida de sua comunidade por alguma causa religiosa, isola-se em uma floresta inabitada. Mas logo ao chegarem nestas terras ermas, seu filho recém-nascido desaparece e tal acontecimento dá início a uma sequência de eventos macabros.

O grande mérito do roteiro é não trilhar o caminho usual. Desta vez, não há o susto montado com auxílio da trilha crescente, tal como o vulto que caminha por trás do protagonista seguido de um "pam" ou a porta que abre e fecha sozinha. Pois o longa-metragem do estreante Robert Eggers prima pela ambientação, onde o terror não é meramente visual, mas sensorial. O espectador sente a todo momento a presença de algo maligno em tela, pairando sobre as personagens e causando um mal-estar que cresce à medida que a história se aproxima do seu terceiro e vitorioso ato.

Vale salientar que, apesar de festejado, A Bruxa não é um filme fácil de digerir. Contém algumas sequências contemplativas e que flertam com o cinema de arte, possui anti-clímax e é conduzido de uma maneira lenta e cadenciada.

Uma obra sutil e carregada de camadas escuras que conversa diretamente com admiradores de O Bebê de Rosemary, A Profecia e O Exorcista.

NOTA:

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